terça-feira, 17 de junho de 2014

Marrocos 2013



4 Motas 4Viajantes

Da esquerda para a Direita:
João Calviño, Francisco Saúde, Gonçalo Fabião, João Faustino
XL700               XL600            XL700               XL600

Apoios:
 
  MotorXpro                                          JF2Rodas






Dia 5/06/2013
(Dia 1)

Dia de íniciar a viagem a Marrocos. 
Como combinado com os restantes viajantes encontrámo-nos no Seixal  pelas 7h para rumar em direcção a Tarifa. Claro está conversa para aqui colar autocolantes para alí e lá perdemos uma pipa de tempo. Lá seguimos viagem, como já passava umas horinhas desde que nos tinhamos tomado o pequeno almoço fomos "obrigados" a uma paragem técnica para repor energia em Vendas Novas.


Como já estávamos atrasados foi uma paragem rápida, seguimos então em direcção a Beja/Serpa onde estava calculado ser a sítio onde teríamos que atestar as motas e com o calor que fez logo em Portugal atestámos também de água. Gasolina foi entre Beja e Serpa 


sendo que o almoço foi em Serpa. 

Lá nos atrasámos mais um pouco... lá fomos olhar para o mapa e para o GPS a ver o caminho mais rápido (pela nacional ou AE que não fosse paga).
Assim foi, direcção a Sevilla, onde por meu (Fabião) erro de leitura do GPS nos enganámos e acabámos por entrar na cidade


onde o Calvas nos guiou até à saída.
 Chegámos então a conclusão que tínhamos que ir vendo qual o melhor caminho de cada GPS e por Jerez de La Frontera e Cadiz seguimos para Tarifa onde apanhámos o Ferry . 


Entrámos em Marrocos já de noite, seguimos para Asilah pela A1, onde numa área de serviço ligámos à Paula e ao Zé (offroadtravel) para nos dar dormida, era 00h30. Foram-nos buscar a um ponto combinado e serviram-nos uma água fresquinha à chegada e 2h de conversa, obrigámo-nos a ir dormir que queríamos madrugar.

Aqui está ± o percurso percorrido






Dia 6/06/2013
(Dia 2)


 Dia de continuar a rumar para sul, destino Marrakech.
Acordámos pelas 9h e banhinho para acordar


 como combinado com a Paula e com o Zé  que nos presentearam com um pequeno almoço digno de uns reis. Depois de malas arrumadas e tudo despachado, a Paula convidou-nos para um cafézinho que trocámos por chá. 
Na saída para as motas damos de caras com a praça de táxis da zona







É notório que a Paula ficou muito mais contente quando o Francisco foi tirar a foto 



Por volta das 12h lá tivemos que arrancar, a quando a Paula nos diz que o Zé tinha ido ver das sardinhas, iam fazer-nos uma sardinhada. Tivemos que recusar, pois já era tarde e tínhamos ainda perto de 400Km desconhecidos para cruzar.

Assim foi, despedimo-nos da Paula já que o Zé não conseguimos e arrancámos para a A1 em direcção a Casablanca, Sendo que perto de Rabat paramos para o Faustino comprar óleo e trincarmos qualquer coisa. Comprámos umas sandes de queijo enquanto o Faustino comprava óleo, pelo fantástico preço de 1,4€ as 4.
 A auto-estrada é qualquer coisa de surreal, entre viaturas estacionadas na via da direita, pessoas à espera do Bus na berma e outras a atravessar, temos os condutores locais de visão milimétrica que fazem razias de cortar a respiração.
Por volta das 21h chegámos a Marrakech, 

Fomos urgentemente procurar um sítio onde descansar os esqueletos, depois de umas voltas no caótico transito de Marrakech, lá demos com um hotel com um quarto para os 4. Fomos experimentar o fast food regional (McDonalds) adaptado aos sabores deles ( bastante interessante por sinal). Perguntámos pela Medina e lá caminhámos para queimar as calorias em excesso. 
Demos então com os típicos comerciantes:
Tipos super simpáticos nos primeiros 5 minutos, depois começam a cansar.

       

Mas como não somos pêras doces também fizemos das nossas, depois de uns Dirhams gastos fica o registo da boa onda.
Estoirados voltámos para o hotel para irmos dormir.
Aqui fica a rota tomada.





Até amanhã


Dia 7/06/2013
(Dia 3)

Dia de acordar um pouco mais tarde e dar descanso aos corpos, só tínhamos cerca de 200km's para fazer nos quais cruzaríamos o muito cobiçado Atlas e suas curvas. 
Depois de resolvida a logística dos banhos lá nos fizemos à estrada, ah afinal não, tivemos que ir comprar óleo para o Faustino numa grande superfície que nos recomendaram. 
Depois disso então lá arrancámos...
Não ainda não foi desta, esqueci-me das calças do fato no hotel; voltei com o Calvas demorámos cerca de 20 min num trajecto de 5min devido ao transito. 
Apanho as calças quando a Sra. da recepção nos diz que um de nós tinha ficado com a chave do quarto, nenhum dos presentes tem e fica a promessa de devolução.
Chegados perto dos restantes questionamos pela dita, o Faustino põe a mão no bolso e ela reaparece.
2 min a decidir se iríamos perder mais 45min por causa de uma chave, o "conclave" decide que o raptor ficaria de a enviar por correio e lá nos fizemos a estrada. 
Saímos de Marraquexe pela saída errada, metemos gasolina, meia volta, circundamos a medina e roda punho... ( dentro dos limites para não termos percalços de maior).




Logo ao inicio da subida a mudança de ares abriu-nos o apetite, não resisti e tive fortalecer o meu corpo, a Ana Paula e o Zé recomendaram-nos não comer carne picada à beira da estrada. Havia quem realmente tivesse receio, mas como tenho um bom estômago cá vai disto... era o que havia, e como não sou muito esquisito...

aqui está o espaço onde almoçámos foi na mesa lá ao cantinho perto do C da coca-cola

o lume que levou perto de 1h a ser feito, ainda questionamos o porquê de tanta demora para comer visto que pedimos o prato do dia e único, depois descobrimos toda a dinâmica do Sr.

A dose foi 6 mini-hamburgueres de borrego grelhado para cada 1 e pão. Bem bom! A carne foi picada a nossa frente... a quanto tempo e o seu condicionamento não faço ideia, mal não fez.
Seguimos viagem e parámos pouco depois
    
As Xl 700 à entrada do Atlas que ainda pouco tinha sido visto e já muito nos fascinava

Seus donos.



depois de um pequeno teste aos Mitas enviados pela MotorXpro no qual o Faustino e o Calvas me acompanharam parámos para tirar uma fotografia aos sorrisos que tal ideia proporcionou. 






aqui dá para ter uma ideia das diferenças que há na região entre inverno e verão, não conseguimos parar muitas mais vezes, aquelas curvas são de deitar e chorar por mais

   
Chegados a Ouarzazate, pela primeira vez nesta viagem conseguimos chegar a qualquer lado de dia, fomos directos para onde nos tinham recomendado, estacionamos as motas e fomos fazer o que era suposto, conhecer andando a pé.








chegados ao restaurante onde nos foi sugerido jantar por ser barato vimos pouco depois o pão a chegar.






o convidado que olhou para as tagines durante todo o tempo

depois de umas tagines de vegetais, borrego e frango, uns utilizadores que nos pareceram frequentes daquele restaurante apareceram e partilharam uma bela melancia e criou logo ali grande festa.
pagámos o jantar e fomos dar uma volta e beber um chá subimos até um posto militar de onde se via toda a cidade

Descobrimos também que há discotecas, no entanto os corpinhos já pediam descanso.
foi assim o fim do 3º dia.

Aqui fica o percurso desse dia


Dia 8/06/2013
(Dia 4)



Cada vez mais perto do ambicionado deserto, não sem antes parar nas majestosas gargantas e perceber a sua real grandeza, coisa que não é de todo perceptível por fotos ainda que haja referencia de escala.
 Estando ainda em Ouarzazate e sendo uma etapa de poucos Quilómetros não fazia sentido não fazer uma visita a um dos pontos turísticos locais, os Estúdios de Cinema.
de inicio visitamos adereços do A Joía do Nilo.

Aviões, ferraris e um Land Rover todo escavacadinho que tocou nos corações 




Passámos por diversos cenários e eu não me lembro de todos...



Sempre acompanhados do nosso guia com um inglês de topo ou seria um francês de baixo?!




Paixão de Cristo




Ben Hur

Astérix e Cleópatra são dos vários rodados por estas terras


um dos raros vislumbres do gang


As ruas de A paixão de Cristo ( penso eu...)



tudo feito em poliuretano e outras fibras, fantástico, tivemos que tocar para sentir a textura, mesmo lá parece a matéria original.


lá ao fundo ao centro fica outro estúdio do mesmo grupo... como trabalhador na área de audiovisuais, calculo o que se sofra em dias de gravação por estas regiões.






O estado de conservação não é o melhor, mas será também até as próximas filmagens o valor dos bilhetes também é pouco significativo para qualquer manutenção



onde ser sentava a fabulosa Mónica Belluci, ainda tive esperança de me cruzar com ela e fazer inveja a uns quantos, como aquele Sr. da mota de cor esquisita...


Depois desta foto o grupo percebeu o constante atraso do Francisco, devido a algumas contrições mais precárias ele ficava a mante-las na vertical sendo assim difícil acompanhar o grupo

Aqui foi-nos mostrado o tanque que fazia de banheira ao banho de leite de Cleópatra  

 
A estrutura de suporte dos cenários...

à saída deparamo-nos com a segurança rodoviária ao mais alto nível, a imagem fala por si... 


Seguimos viagem que tínhamos perdido bastante tempo com a visita e não sabíamos o que iríamos encontrar e onde parar, a única referência tinha sido a do Artur Anjos e era para dormirmos numa camping perto das gargantas do Todra...
Siga para Dadés...


subímos com algum custo, a estrada tem grandes depressões e as curvas não são nada amigas de motas carregadas...

Aproximou-se a hora de almoço e então fizemos o petisco, o Francisco agarrou-se aos camping gás e aqueceu as latas de almôndegas, tínhamos comprado pão mais uns enlatados e estava o repasto pronto, enquanto se fazia isso, deu para um mergulho pois a pesar de termos apanhado temperaturas aceitáveis ( no max. 35º) a água não é assim tão gelada e soube bem, depois de ter visto à velocidade que o fato de babo secou resolvi perguntar a um local se podia lavar a roupa, a resposta foi, que só não podia era bebê-la, ora bem saquei do Sabonete Clarim e vai disto, Faustino e Calvas juntaram-se à "festa" e roupa estendida ao sol, no final parecia um bacalhau.  

Hora de seguir viagem e descer aquela magnífica estrada e seguir para o Todra



Chegados ao Todra ficámos um pouco perdidos com curto comprimento da garganta, mas ao pararmos ficámos vislumbrados com a imponência do local e a sua envolvência.



Quando passámos a garganta resolvemos tirar mais uma foto às donzelas eram 3 +1 que nos seguia, já estávamos na dúvida se fazia parte do grupo ou não devido ao lapso temporal que existia...


foi este o trajecto ± que percorremos neste dia


para breve o dia seguinte...



Ps: peço desculpa pela falta de fotos, mas as restantes ficaram presas em Peniche ainda estou a espera que consigam chegar a Lisboa...
O grupo Atlas Ride acredita que aconteça um dia...


Dia 9/06/2013
(Dia 5)



Dia também conhecido por dia em que ninguém conseguia acalmar o Faustino.
Constava nos planos que era o dia que se iria mais a sul, ouvia-se rumores de areias do Sahara, Dunas, camelos...
Ambientes deveras cobiçados pelo no Dr., que nos outros elementos criavam alguma expectativa sendo que nunca nenhum se tinha aventurado tanto em tais terrenos.


Havia um astronauta a fazer as selfies enquanto conduzia, achava que era a única maneira de ter fotos dele...


A paisagem a caminho de Merzouga


Acompanhados sempre pelo Atlas



estrada fantástica para pensar, uma recta infindável, alcatrão melhor que muito de Portugal



só não dá para dar uma soneca porque aparecem uns remoinhos de areia de repente; deu para suar um pouco, teria uns 3 metros de diâmetro, e dá uma sensação estranha, entramos somos empurrados para um lado e lodo de seguida para o lado oposto, conclusão qualquer compensação mais brusca e assustada que se faça dá direito a tombo. Segundo a experiência pessoal e do grupo é dar um pouco de velocidade e agarrar bem a mota sem compensar nada.


Olhaaaa, a traseira da mota do Francisco.




Chegados ao Auberg du Sud depois de um engano que propositado a Merzouga onde encontrámos 2 Portugueses de Gs a dar a volta inversa à nossa e ficámos a conhecer a aldeia, voltámos para trás, tentámos recordar o nome do hotel que a Paula Santos da offroadtravel nos tinha recomendado, mas como a memória do grupo, ainda que em conjunto, não era das melhores decidimos mesmo por este.
Fizemos uma pista de ±7Kms, com uma piscina de areia de uns 5m de diâmetro, onde houve uma hesitação com direito ao primeiro encosto nas areias do deserto.
Sem males maiores ou menores, levantou-se a mota e chegou-se então a este belo recanto Marroquino.
Depois de feito o check in fomos levados aos nossos quartos, estamos no deserto mas têm AC. 

Tivemos sorte e não apanhámos muito calor ainda assim era difícil resistir a uma piscina... 



Para ajudar na recuperação nada que umas alcagoitas e um chá de menta quentinho 


depois disto, foi-se tentar ligar o wifi para quem se queria ligar ao mundo fora dalí, visto a potencialidade da internet eu, Calvas e Faustino desistimos e decidimos ir ver mais de perto as Dunas, o Faustino não se conteve e foi de mota, ainda me deu umas luzes iniciais de condução fora de estrada, mas o cansaço não me permitia grandes aventuras. 
( Há registo em video, aguarda-se edição do mesmo)
Com isto o tempo passou, era tempo da banhoca e ir para a mesa, mal sabíamos nós o que nos aguardava, não que tenhamos o propósito de fazer inveja a alguém com as imagens que se seguem, mas foram recolhidas com a melhor das intenções tal como todas as outras.

 A entrada já com as luzes ligadas para dar ambiente



as tendas eram opção do local para dormir a 50m da entrada


saindo um pouco do hotel e sem andar muito era esta a vista..


a preparação da sala de jantar, com as dunas como fundo...



as cores, o cheiro e a temperatura só mesmo vivendo a experiência. 
O Deserto é o Deserto




Depois do repasto fomos para o lado oposto das mesas, havia umas espreguiçadeiras de onde se pôde vislumbrar um espetáculo de música com dança até ao peso das pálpebras não permitir.


Como vai sendo costume aqui fica o trajecto do dia, aquela "perninha" à direita foi o trajecto para o hotel e para sul foi até ao final de Merzouga.



Dia 10/06/2013
(Dia 6)

Dia de começar a rumar a Norte, não sem antes o Dr. ( Faustino) ir as dunas, como não ficou registado metemos um video do dia anterior.



Seguimos então para Fès com passagem na Floresta dos Cedros, onde só demos conta ao certo onde estávamos quando demos de cara com o Grande Cedro. Entrámos na Floresta por cima e seguimos uma pista...

Com a Moral em alta lá fomos...


Mas com motas e areia facilmente a Moral desfalece...


Seguimos por estradas e paisagens fascinantes


Fazemos o enquadramento, quando de repente temos algo mais no plano...


No meio de nenhures ainda não tínhamos na ideia que apareciam a pedir Dirham ou bombons assim do nada...


O fresco que lá se fazia sentir em cima não se previa neve, será que não subimos o suficiente..??


As rookies à espera das Old Scholl, 


Desconfiávamos que estávamos na Floresta, vamos seguir e já perguntamos a alguém, mas entretanto:
Oh Calvas passa lá uma bolacha enquanto tiro uma foto a minha moto!


Estômago, reconfortado segue a marinha... Entretanto, oh Faustino troca aí a minha mota pela tua que eu não sei andar na Gravilha com ABS!

Lá demos com ele, é um que se faz ver com alguma facilidade...

e as meninas fazem pose...



Dizem-me que há macacos em Marrocos e vou dar com o que cá não consigo ver...



e Macacos?





Chegámos a Fès, um Sr. numa acelera tentou vender-nos uns 4 quartos e eu o capacete e posteriormente a mota, foi bom porque ficou meio baralhado com a descontração do pessoal a pesar de já ser de noite e levou-nos à medina velha, havia um contacto comum o Mohamed e ele ligou ( que nos saiu bem mais barato) para nos arranjar 1 quarto para os 4, garagem e Jantar.  



Depois das motas arrumadas na arrecadação de alguém, numa ruela perto do sítio onde íamos pernoitar ( e só me lembrava do Artur Anjos e Lina Anjos na sua ida a Itália).
Depois de um belo petisco Tangines e cenas do género, das quais é capaz de haver fotos, mas ninguém sabe, ( as memórias ninguém as tira) seguimos para o quarto, ficava no ultimo de um prédio de 3 andares, o qual elevador não fazia parte. 
Esfalfados subimos os 3 de 3 andares... 
No quarto havia o seguinte equipamento:
1 Beliche (2 camas sobrepostas)
1Cama de casal
1 cama single
1 espécie de wc
Abrimos as camas para certificar visualmente da sua limpeza, a qual dada a canseira ficou aprovada, no entanto a Geografia do Wc era um pouco estranha.
Ora de frente para a porta havia o lavatório ou Pia, no entanto a porta ao abrir ( para a direita) passava a menos de 5cm do mesmo ficando presa na santa ou pia de despejo. Do lado esquerdo ficava a zona de banhos, tendo o chuveiro paralelo ao lavatório. Isto tudo obrigava a que o interruptor ficasse imediatamente atrás do indivíduo que iria praticar a sua higiene corporal integral.
Não obstante sequencialmente do lado inferior encontrávamos uma tomada para ligar qualquer aparelho eléctrico. 
Conclusão, Marrocos tem muito mais aventura para lá das conduções e das adversidades do terreno e da temperatura!!

Aqui segue o percurso feito neste dia